ROTA DOS POIOS BRANCOS,

PARQUE NATURAL DA SERRA DA ESTRELA

A Rota dos Poios Brancos deve a sua designação ao facto de atravessar, no seu ponto mais elevado, o aglomerado granítico dos Poios Brancos, que nas primeiras neves do ano se veste de branco, dando um sinal claro à povoação de Manteigas que o inverno chegou.

Os Poios Brancos correspondem a um Tor – forma granítica típica em que os blocos se acumulam in situ, respeitando o sistema de diáclases do granito. Neste local encontra-se a cadeira do Viriato, como um autêntico trono feito pelas mãos da natureza.

São as características intrínsecas dos granitos que conferem à paisagem da Serra da Estrela peculiaridades únicas, como se por lá tivesse passado a mão humana a “ajeitar” as pedras que sobressaem altivas em direção ao céu.

A Nave de Santo António, ou a Argenteira, cumpre uma importante função ecológica, regulando a absorção e libertação gradual da água pelo cervum – planta herbácea que também constitui um importante recurso para o gado. Neste local encontra-se um fontanário e uma edificação utilizada pelos pastores como local de abrigo.

Ainda na paisagem natural surge o Covão d’Ametade, depressão de origem glaciar, que se encontra a jusante do Covão Cimeiro, outrora uma pastagem de cervunal, que foi arborizada com vidoeiros ao longo das margens do rio Zêzere.

Na derivação para o Poço do Inferno surge a magnífica paisagem do Covão da Abelha, onde se avista no fundo do desfiladeiro, na confluência de duas linhas de água que dão origem à Ribeira de Beijames, o Aguilhão – considerável maciço rochoso encimado por grande pedras que se sobrepõem umas às outras. A água corre calmamente, pura e cristalina, por entre vertentes sobranceiras cobertas por cascalheiras.

Junto ao trilho encontra-se um dos muitos monumentos religiosos existentes no Concelho de Manteigas e um importante vestígio da arte popular portuguesa – Almas. É frequente encontrar velas e lamparinas acesas, deixadas pelas pessoas que passam no local, ou mesmo oferendas de flores.

O teixo, o zimbro-rasteiro, o vidoeiro, a macieira-brava, a tramazeira, o arando e a fava-de-água são alguns exemplos de espécies que se encontram presentes na rota.

A águia de Bonelli, o melro-das-rochas e o falcão-peregrino são as aves que enfrentam um risco de extinção muito elevado. A toupeira-de-água, a lagartixa-da-montanha e a víbora-cornuda também estão presentes.

NOTA: A extensão desta rota pode alcançar os 25,4 km com as derivações existentes (ver folheto informativo).

Fonte e Fotos Trilhos Verdes | Câmara Municipal de Manteigas.

 

ROTA

Início e fim: Entre o Covão d'Ametade e a Nave de Santo António, no cruzamento para a Serra de Baixo.

Coordenadas: 40.326739, -7.570558 

Épocas aconselhadas: Primavera, verão e outono. 

 

DOCUMENTAÇÃO

Folheto informativo: aqui.

 

CONTACTOS ÚTEIS

Posto de Turismo de Manteigas: 275 981 129

GNR (Manteigas): 275 981 559

Bombeiros Voluntários de Manteigas: 275 982 333

6Km Distância
Circular Tipo
2h30m Duração
133 Alt. Mínima
276 Alt. Máxima
Difícil Dificuldade

 

NOTA Os caminhos dos percursos e a sinalética dos mesmos estão sujeitos ao desgaste provocado por vários fatores. Por prudência, a iNature recomenda o contacto com as entidades responsáveis pelos percursos para apurar o estado de conservação dos caminhos e da sinalética. Uma caminhada agradável começa na segurança da mesma.