A Rota da Azinha possibilita uma diversidade e uma profundidade de paisagens notável, devido à altitude e aos perfis transversais dos vales e cumeadas.
Ao longo do percurso é possível contemplar as marcas da modelação da paisagem feita pelo homem como são, por exemplo, as Coanheiras, campos agrícolas situados perto da povoação de Sameiro, saciadas pela água do rio Zêzere transportada através de levadas.
Destaque para o pormenor da compartimentação das parcelas rurais e da linha de água, constituída principalmente por exemplares de freixo, salgueiro, salgueiro-branco, amieiro e choupo.
A maior altitude, o trilho atravessa a Quinta do Fragusto – propriedade rural de maior dimensão onde se pratica uma agricultura de montanha, baseada no pastoreio, no cultivo de centeio e na floresta, e o Cabeço da Azinha, um miradouro natural que proporciona uma excelente panorâmica dos vales e serras a perder de vista e onde se situa uma pista de parapente e um posto de vigia de incêndios.
A Rota da Azinha possibilita uma visita à antiga casa do Guarda-Florestal do Gorgulhão – as casas do Guarda-Florestal foram implantadas de forma a dotar os Perímetros Florestais e respetivas unidades de gestão, de infraestruturas de apoio à atividade florestal ali desenvolvida, permitindo a fixação dos guardas-florestais e respetivas famílias que teriam por incumbência a vigilância e fiscalização das áreas que lhe estavam atribuídas.
O Gorgulhão é ainda constituído por uma área de lazer que inclui um circuito de manutenção, percurso de BTT e um parque de merendas rodeado por densas matas de resinosas.
Em termos de flora, encontram-se espécies tão relevantes como a azinheira, a tramazeira, o freixo, o amieiro, o carvalho-negral, a giesta-branca, a urze, o rosmaninho, o sargaço, a cerejeira, a carqueja, entre outras.
A paisagem da Rota da Azinha é caracterizada por ecossistemas que permitem a eclosão de uma vegetação diversa, ao mesmo tempo que fornece um habitat para fauna diversificada, como guarda-rios, perdiz, tartaranhão-caçador, peneireiro, gaio, coelho bravo, raposa, morcego-de-ferradura-pequeno, salamandra-de-pintas-amarelas, boga, etc.
NOTA: Realizar no sentido oposto ao dos ponteiros do relógio. Com derivações, a extensão da rota pode chegar aos 20 km (ver mapa). Esta rota permite interação com a Rota de Vale de Amoreira, Rota do Corredor de Mouros e a Rota de Sameiro.
Fonte e Fotos Trilhos Verdes | Câmara Municipal de Manteigas | maio2024.
ROTA
Início e fim: Junto à ponte de madeira, no Skiparque, Manteigas.
Coordenadas: 40.411583, -7.467814
Épocas aconselhadas: Primavera, verão e outono.
CONTACTOS ÚTEIS
Posto de Turismo de Manteigas: 275 981 129
GNR (Manteigas): 275 981 559
Bombeiros Voluntários de Manteigas: 275 982 333
NOTA Os caminhos dos percursos e a sinalética dos mesmos estão sujeitos ao desgaste provocado por vários fatores. Por prudência, a iNature recomenda o contacto com as entidades responsáveis pelos percursos para apurar o estado de conservação dos caminhos e da sinalética. Uma caminhada agradável começa na segurança da mesma.