GUIA GEOPARK NATURTEJO
Uma viagem ao longínquo passado da Terra na companhia da gastronomia, da história e da cultura beirãs. Diz-se por lá que “quem vem, volta sempre”.
Com uma área próxima dos cinco mil quilómetros quadrados e 600 milhões de anos de história para contar, o melhor conselho para um potencial visitante do Geoparque Naturtejo da Meseta Meridional (Geopark Naturtejo) é “venha com tempo”. Integrado na Rede Mundial de Geoparques da UNESCO e com parte do território integrado na rede de Reservas Mundiais da Biosfera, o Geopark Naturtejo está entre as regiões mais ricas do país em termos de património ecológico, geológico e geomorfológico. No total, são mais de 16 geomonumentos classificados, entre mais de 170 geossítios identificados neste vasto território.
Por onde começar
Pela localização central, Castelo Branco é um ponto de partida para uma aventura por esta vasta região. A história local e o Parque do Barrocal justificam alguns dias na capital da Beira Baixa, da qual se podem fazer incursões aos vários municípios vizinhos. A nordeste, na paisagem ondulada e salpicada por sobreiros de Idanha-a-Nova, sobressaem as águas termais de Monfortinho e a aldeia que dizem ser a mais portuguesa de Portugal, Monsanto.
Ali perto, em Penha Garcia, o Parque Iconológico e a Rota dos Fósseis testemunham a abundante vida marinha que habitou por aqui na Era Paleozóica. E, mesmo junto à fronteira, os Canhões Fluviais do rio Erges demonstram a geodiversidade desta região através de três impressionantes gargantas escavadas ao longo de milhares de anos por este curso de água ainda selvagem.
Na região de Oleiros, a oeste da capital de distrito, e em Proença-a-Nova, a sudoeste, a paisagem florestal é mais acidentada e os rios e ribeiros têm um papel preponderante. Além das várias praias fluviais, os Meandros do Zêzere e a Garganta do Zêzere, os 25 metros de altura da Cascata da Fraga de Água d’Alta, na aldeia de Orvalho, concelho de Oleiros, encantam qualquer visitante. Pode ver alguns dos geossítios do concelho de Oleiros AQUI.
Aventura e birdwatching
Para quem procura adrenalina, os dois quilómetros da Via Ferrata das Talhadas oferecem aventura para todos os gostos. Já a Sul, entre Nisa e Vila Velha de Ródão vive-se da paisagem do Vale do Tejo, as grandes Portas de Ródão e o habitat de grifos (ver foto) e aves de rapina. Um passeio de barco pelo rio e uma caminhada por um dos vários percursos pedestres ali marcados são as melhores formas de conhecer as riquezas naturais e históricas desta parte do Geopark Naturtejo, que integra parte do Parque Natural e da Reserva da Biosfera Transfronteiriça do Tejo Internacional.
A albufeira da Barragem da Marateca ou Albufeira de Santa Águeda, a norte de Castelo Branco, é um dos melhores locais para observar aves aquáticas na Beira Baixa. Por ali será fácil observar e fotografar uma série de espécies de aves que pode conhecer AQUI.
Ah, não se atreva a regressar a casa sem provar um queijo com Denominação de Origem Protegida (DOP) da Beira Baixa. Boa viagem!
Ver também:
GEOPARK NATURTEJO
Zonas Balneares
- Praia fluvial de Açude Pinto, Oleiros;
- Praia fluvial do Pego, Penha Garcia;
- Praia fluvial de Fróia, Sobreira Formosa – Proença-a-Nova.
A visitar
- Parque do Barrocal, Castelo Branco;
- Centro de Ciência Viva da Floresta, Proença-a-Nova;
- Parque Icnológico de Penha Garcia, Penha Garcia;
- Aldeias Históricas de Monsanto e Idanha-a-Velha;
- Mina de Ouro Romana do Conhal do Arneiro.
Gastronomia
- Maranhos;
- Cabrito;
- Carnes de caça;
- Enchidos regionais;
- Sopa de peixe do rio;
- Truta da ribeira e achigã frito;
- Queijo da Beira Baixa DOP.
Património Natural
- Monumento Natural das Portas de Ródão;
- Troncos Fósseis de Vila Velha de Ródão;
- Portas do Almourão (Proença-a-Nova);
- Cascata Fraga d’Água d’Alta, Oleiros;
- Salto da Cabra, Salvaterra do Extremo;
- Canhões Fluviais do rio Erges
- Falha do Ponsul, Idanha-a-Nova.
@iNature 2023 | Fotografas: @kitato e Naturtejo.
