MATA NACIONAL DO BUSSACO

Os monges da Ordem dos Carmelitas Descalços que não levem a mal, mas se há uma “Meca” das florestas em Portugal, é a Mata Nacional do Bussaco. Todos os devotos da natureza devem visitá-la, pelo menos uma vez na vida.

Não foi por acaso que o rei Dom Carlos mandou construir um pavilhão de caça na Mata Nacional do Bussaco, em 1888. Os monges da Ordem dos Carmelitas Descalços que ali se instalaram no século XVII chamaram-lhe “Deserto”, mas o espaço criado para o isolamento, contemplação e meditação tinha-se transformado no oposto. Era um lugar de extraordinária beleza natural, digno da nobreza. Hoje, o local outrora refúgio de monges e de reis, é uma floresta luxuriante e um reino de biodiversidade, que os comuns mortais podem e devem visitar.

Nos 105 hectares que perfazem a área da Mata Nacional do Bussaco, abraçados pela cerca conventual erguida pelos monges, está um património vivo e uma das coleções dendrológicas mais valiosas da Europa. Estima-se que existam ali mais de 250 espécies de árvores e arbustos. Uma delas é o famoso Cedro do Bussaco ou Cipreste Português, ao qual se juntam carvalhos, azereiros e loureiros, entre outras. Alguns dos Cedros com uma imponência centenária, deixam qualquer visitante boquiaberto.

Ao longo dos vários trilhos ali existentes, descobrem-se lugares mágicos. O Vale dos Fetos e a monumental escadaria da Fonte Fria são alguns deles, aos quais se juntam as ermidas, capelas, cruzeiros, os Passos que compõem a Via Sacra, o Museu Militar – que assinala a célebre batalha do Bussaco - e vários miradouros que, no seu conjunto, constituem um património histórico-cultural classificado como Monumento Nacional. Fica o convite para uma subida ao miradouro da Cruz Alta, onde se pode apreciar uma floresta intocada pelo Homem, a Floresta Relíquia, e ter uma vista privilegiada sobre a região. E que região.

Ali ao lado, as águas termais da Vila de Luso - Termas de Luso - são o complemento ideal para uma experiência de contemplação e vivência da natureza. E, o emblemático Grande Hotel de Luso, o local ideial para descansar. Seja em família ou em ambiente romântico, o hotel oferece programas de bem-estar variados que, associados aos vários espaços de lazer desta unidade hoteleira, tornam a estadia memorável.

Mas, está-se sob a influência do triângulo Mealhada – Mortágua - Penacova,uma geometriado conhecimento dos nossos parceiros Geo2Go cujas experiências baseadas na natureza da região deixam os participantes encantados.Para os adeptos das caminhadas, além dos percursos internos da Mata, as três etapas da Grande Rota do Bussaco são uma boa forma de ficar a conhecer toda a região, mas se for demasiado, recomenda-se a realização do PR5 PCV - Livraria do Mondego. Com cerca de 11 quilómetros de extensão, este percurso pedestre que tem início em Penacova, é um passeio pela margem esquerda do rio Mondego com vista para a notável beleza do património natural, biológico e paisagístico desta zona do vale do rio marcada pela presença de um geomonumento natural com mais de 400 milhões de anos que, por ser constituído por altas assentadas quartzíticas, semelhantes a livros dispostos numa estante é conhecido por “Livraria do Mondego”.

Por fim, saiba que os monges não ficariam agradados se um visitante abandonasse a região sem degustar o Leitão da Bairrada, acompanhado por um néctar das vinhas que marcam as paisagens das orlas florestais.

@iNature. jul 23. Fotos Paulo Magalhães, iNature.

Praias Fluviais

• Praia fluvial do Vimieiro (Hombres – Penacova);
• Praia fluvial do Reconquinho (Penacova).

A visitar

• Mata Nacional do Bussaco – Miradouro da Cruz Alta, Palácio do Bussaco, Museu Militar, Convento de Santa Cruz;
• Museu do Moinho Vitorino Nemésio (Penacova)

Gastronomia

• Leitão da Bairrada;
• Cabidela de leitão;
• Negalhos;
• Papas de sarrabulho;
• Bacalhau à lagareiro;
• Caramujo;
• Cavacas;
• Barrigas de freira e arroz doce.

Património Natural

• Livraria do Mondego;
• Floresta Relíquia;
• Vale dos Fetos.