O campismo é uma prática que remonta aos primórdios da civilização, mas quando Thomas Hiram Holding escreveu o “The Camper’s Handbook”, em 1853, a atividade ganhou um novo propósito. Hoje, apesar da proliferação de hotéis e outros alojamentos com todas as comodidades que se possam imaginar, às aventuras descritas no livro do advogado britânico, juntam-se as motivações dos tempos modernos, como a redução do stress, a aprendizagem, o convívio social e a desconexão digital.
O Camping Oleiros responde a todas elas. Localizado na margem da ribeira de Oleiros, com a Praia Fluvial Açude Pinto ali ao lado, está inserido numa paisagem rica em natureza, história e cultura, proporcionando umas férias em harmonia com a natureza, mas com o conforto exigido pelos padrões modernos e a diversão de universos imaginários.
Saiba qual o meu caminho para chegar ao Camping Oleiros.
Gostar de campismo não tem necessariamente de implicar dormir no chão protegido por um tecido de poliéster, por muito sofisticado que seja. Foi com esta filosofia que o Camping Oleiros abriu em 2008 ao oferecer alojamento em bungalows. A aposta, assente numa estratégia de diversificação capaz de responder aos novos padrões de exigência dos turistas, foi um sucesso. “Em 2009 foram construídos mais três, maiores, e em 2017, as duas casas Hobbit”, conta Cristina Esteves (foto 1). “Isto permite-nos ter resposta para todo o tipo de cliente”, defende a rececionista do parque desde 2009.
Os extensos espaços relvados e sombreados por várias espécies de árvores servem os puros campistas (foto 2), os bungalows, com capacidade para duas a seis pessoas, cozinha equipada e casa de banho, oferecem o conforto e a privacidade de uma habitação normal e, em 2018, fruto de uma parceria entre a empresa concessionária do parque e o Município de Oleiros, a entidade concedente, surgem as casas Hobbit (foto 3 e 4), uma oferta intermédia do Camping Oleiros.
Conheça os tipos de alojamento disponíveis no espaço do parque.
“As casas Hobbit oferecem uma modalidade de campismo diferente. Não é preciso trazer a tenda e estão equipados com uma pequena cozinha e sanita. Só a higiene pessoal é que tem de ser feita nos balneários do parque”, descreve Cristina.
Com capacidade para duas ou três pessoas (cama extra), as casas Hobbit são os espaços mais procurados do parque, seja pelo comodismo da solução, ou pela experiência de uma incursão no universo imaginário de John Ronald Reuel Tolkien, o criador das famosas obras “O Hobbit” e “O Senhor do Anéis”, entre outras. As crianças adoram-nos.
Oleiros tem uma localização privilegiada. Está a uma hora de Coimbra e Castelo Branco e a pouco mais de duas horas das duas maiores cidades do país. Todavia, a vantagem da localização desta vila do Centro de Portugal e do Camping Oleiros está na proximidade de duas grandes rotas turísticas. “Nós estamos muito próximos da Adventure Country Tracks (ACT) Portugal, o que traz muitos motards ao nosso parque”, adianta Cristina. A Rota ACT Portugal existe em seis países da Europa e a passagem na Estrada Nacional 351, a 16 minutos de distância do Camping Oleiros, torna-o num local perfeito para fazer uma pausa na viagem.
A Rota da Estrada Nacional 2 é outra fonte de clientes do Camping Oleiros. A estrada mais extensa de Portugal passa em Pedrogão Grande, a trinta minutos de distância do Camping Oleiros. A este tipo de campista de passagem, juntam-se ainda os adeptos do autocaravanismo.
Mas o parque de campismo tem também os típicos clientes de férias “e temos muitos repetentes”, diz Cristina. Plataformas como o booking.com e o bookinxisto.com são autênticos angariadores de clientes online, mas não é possível fugir à génese do alojamento. “Acredito que o nosso principal angariador de clientes é o passa-palavra, mas os guias de campismo também têm muita importância”, explica a rececionista, apontando para a última edição do “Roteiro Campista”. “Quem pratica campismo compra este guia todos os anos, porque tem toda a informação sobre campismo em Portugal e oferece muitos descontos”, justifica.
O Camping Oleiros tem parque infantil, bar/restaurante, uma tenda para eventos e muito espaço para a brincadeira, mas fora do espaço do parque há vários pontos de interesse a conhecer.
Mesmo ao lado do Camping Oleiros, a Praia Fluvial Açude do Pinto, é o refresco ideal para o verão. Também “à porta” está a rota Trilhos do Callum, um percurso pedestre circular que é uma viagem pelos arcaísmos vitivinícolas da Freguesia Oleiros-Amieira. Tem 11,5km de extensão, mas pode ser encurtado para 3,5km através de uma variante. Ao longo do caminho existem várias quedas de água e açudes onde é possível dar um mergulho refrescante.
Em alternativa, Cristina indica o “Ecossistema Ribeirinho”, um pequeno percurso pedestre fora dos circuitos mais conhecidos, mesmo ali ao lado do Camping Oleiros, através do qual se vive a dinâmica natural entre o espaço natural e a fauna e flora da ribeira de Oleiros.
Mas a pouco mais de 15 minutos de automóvel, há vários mundos para descobrir. A Cascata da Fraga da Água d’Alta é um deles. “É a grande referência das pessoas que nos visitam”, diz Cristina. Com 25 metros de altura, é a maior cascata da Beira Baixa e um local de beleza extraordinária e, para a ficar a conhecer, nada melhor que realizar a Georota do Orvalho. Com 8,9km de extensão, parte feita em passadiços, esta rota passa pela cascata, pelo miradouro do Cabeço do Mosqueiro e por outros pontos de interesse relevantes do património geológico, histórico e cultural da região.
A Aldeia do Xisto de Álvaro e a pitoresca aldeia de Isna são outras opções a considerar. “Isna, não é uma Aldeia do Xisto, mas é muito bonita e tem uma estória que vale a pena conhecer”, revela Cristina. Conta-se que, em 1901, o Rei D. Carlos I organizou ali uma célebre e histórica caçada da qual resultou a construção de um lavadouro e uma fonte que ficou conhecida pela “Fonte das Mulheres”. Para conhecer melhor esta estória e aldeia, nada melhor que fazer o Trilho D’El Rei, recomenda Cristina.
Todo este conhecimento na preparação de uma viagem até à região de Oleiros pode ser feito previamente. Há muita informação online, mas quem vai para o Camping Oleiros, não precisa de se preocupar. A receção do parque é um autêntico posto de turismo da região e Cristina e todo o staff do parque conhecem a região como a palma da mão. “Nós procuramos perceber o que as pessoas querem gostam de fazer e damos as nossas sugestões”, explica. Desde a indicação de roteiros e marcações em restaurantes, Cristina e o staff do parque ajudam quem ali chega a encontrar as melhores experiências para desfrutar. E, acredite, são tantas que é provável que tenha de voltar.
@iNature. Fotos iNature e Camping Oleiros | Julho 2024.